mandinga

March 18, 2008

PASSAGEIRA

Filed under: PERSONAGENS — mandinga @ 10:19 pm

 

desconcerta

 1:30 . Fez o corre. Percurso, por conta de fazer uma
conexão  entre transmissor e antena, num
triz já era ansiedade. 50m de cabo. Passou dias e noites fantasiando o trajeto,
coerência mente e coração,  e agora já
rodava. Não mais assistia, protagonizava.Fantasiar, fabular : momentos,
pessoas, desejos – uma consciência  tangente, de transmissora (ela subjetiva) e
receptora (ela sujeita).

Imprevisibilidade de movimentos, desforra o enredo. Sabe,
sabida do valor de cada estação, e naquele momento era desfigurado  controle. Das operações imagéticas,
prazerosas, confortáveis – precisava resignificar.Quem conta, aumenta. Quem
canta, agüenta. Ele guiava, guion, guindava. Ela: Passageira.

Nasceu assim.Nem café. A boca secou, estomâgo doeu,
respiração ofegou. Xícara vazia.Desforrou o bucho. Abusou das máscaras. Mas
desculpa a Eva , ou o mito primitivo. A atrevida que dançara nos ventos, nem
encena. Sobre maçãs e salivas e mordidas. Nem palavra.Tagarelices de personas e farsas. Diz:farsa !  E foi montada pelos cortes,
narrativa: Passageira.

Em despejos, desculpas, dez mil culpas : falta de afeto e
carinho. Mas, neutra nem vivencia. Se  insípida,
recusa projetar. Tudo menos desencanto.
Se era luz, cenários, sequencias, apetrechos,já não tarda prover. Rebulina, rebobina.
Em sonho, ele sai das matas, braços de carícias, abraço devido. Ao manipular: Passageira.

Nenhuma brincadeira que o valha. Nem samba, nem roda,
nem jogo. E na integridade das ações,apenas prematuridade dos acasos. Devaneios
de amor.  E cada escolha se injustifica. Mas
ele é desconcerto, demasiado de primores. Extravagância se materializar. Senão,
absolutamente necessário. A presença  inevitável,
inelutável, fatal… de apelos e apuros. Espelhos, diz espelho: Passageira !

Edi fícios, ponteiros urgem, avenida surje, na maior das
selvas de humanidades das nossas fronteiras. “Este samba é pra você meu amor,
que me fez..” toca o rádio, ela excita. Dobra a esquina, perde-se o caminho.
Toca a próxima. “Amor meu grande amor não chegue na hora marcada”. A música
inseria o desfecho suficiente, para 
corpos que não se realizam.

 Parada, ponto final.Sem
investidas excitantes. Pega a mala, excede estações, não hesita mais vôos: Passageira. 

(foto Verger, maranhão , 1947) 

Passageira

 

 

No Comments

No comments yet.

RSS feed for comments on this post.

Sorry, the comment form is closed at this time.

Passageira

Filed under: PERSONAGENS — mandinga @ 5:20 pm

ela ela

No Comments »

No comments yet.

RSS feed for comments on this post. TrackBack URL

Leave a comment

Passageira

Filed under: PERSONAGENS — mandinga @ 5:20 pm

ela ela

No Comments »

No comments yet.

RSS feed for comments on this post. TrackBack URL

Leave a comment

Powered by R*