mandinga

January 20, 2011

Colônia

Filed under: General,NA AVENIDA — mandinga @ 6:02 am

Fim dos anos 10. Foi passar dias e noites na metrópole. E mesmo 2 luas depois tava no colo de Morfeu pra aliviar a temporada na Paulicéia. Ali todo volume de vivências, num tempo de tanta angústia. Foi por lá pra viver um cado de coisas: trabalho, militância, festas e reencontros. Trazia o desejo da expansão de seus territórios: dos bailes, da terra do cuidado, do local da prosa, das ilhas de carinhos e carícias, da vila da calma, da rua das trocas, dos bairros de sabores…. enfim, do reino das águas profundas. Gosta de mergulhar.

E assim foi o desbravar … o bloco com o povo de rua, das crianças e caboclos desceu e subiu pelas avenidas. Expandiu de flores, cores e amores na cidadona cinzinha… Alegria, alegria. Até que.. de laje em laje, de praça em praça, de esquina em esquina foi se acabando…Quarta-feira foi mesmo de cinzas. A força da metrópole era tão bruta… e trazia ruídos de ensurdecer, inclusive a alma. Já tinha consigo o tempo da sintonia perfeita entre valores e desejos.

Antes de embarcar pra metrópole sabia da sociedade do espetáculo. Sabia quem ditava as regras e quem consumia. Quem era soldado e quem era general. Quem faz o lobby e quem bate palma. Então, de certa forma era como se tudo já tivesse escrito. E aquele baile de máscaras era filme visto.

Entre metrópole e colônia o que se troca é valor. E o que mais vale nesse tempo digital é a subjetividade. Essa é a especiaria dos anos 10. Então, levava fé nas engrenagens que faziam a roda girar: colaboração, gratidão, confiança. Mas, ali no olho no olho, no apertar das mãos, no predispor dos sentidos lançaram a corda no bloco. Sabe essas agências reguladoras que nos tornam insustentáveis…?

Muitas desfeitas… nas trilhas… Lembrou de uma placa: na trilha da virilha ! Por lá, onde escoaram ouros e diamantes, agora queriam correr impurezas. Sem nem fazer consultas púbicas. Ali pagava-se muito caro pra negociar afetos. Muquiranice pura, necas de valor pra essência… As regras do jogo vindo a tona. Sentia que o doce e o belo despertavam uma fome predadora no mundo colonizador.

E assim o tesouro da colônia ia sendo devastado. Mesmo tornando a metrópole viva, alimentando suas forças… Troca injusta. Colônia e metrópole tinham fomes distintas… o que move é valor. E o jogo não era tão aparente, necessitava de faro aguçado, de mergulhos vivos. Contradições ocultas suaves. O que era quase sinônimo, descobriu antônimo e assustou – bandas largas essa dos sinônimos…

Descobriu um sinônimo pra resistência: vem de se tornar forte, robusto… na sua concepção resistência sempre esteve associada a embate, conflitos, combates contra algo que infringia seus valores mais verdadeiros e necessários. Como era bom ressignificar, importante essa visão fortalecedora da resistência. Novos significados pra praticas antigas…

E colônia tem coragem, inclusive o suficiente pra negociar amor e desejos até que façam sentidos. E ali os muros e placas comunicavam melhor que as pessoas. Num te -curto- circuito de monólogos . E como gosta de ir fundo, voltou a pensar. O comum é pagar caro por não conseguir negociar os afetos. Fazer, ou não, sentido. Essa balança comercial de uma cultura muito desfavorável… E foi caminhando pra justificar suas motivações, de como elegia presidente do coração sem sequer eleição. Ou, o quanto era signatária do pacto das imposições metropolitanas, que dana, que insana… e que se pauta no desprezo. E que se essas eram as engrenagens da cultura digital, optava por preservar os próprios dedos, que a levavam a lugares mágicos.

A colonização do desprezo traz batalhas com resultado voraz: a derrota pessoal. Não tem fusão, nem troca. É a única resposta às apostas. A única solução de tantas possíveis. No jogo que a própria metrópole manipula. Porque assim se domestica melhor a alma. Mas, esta colônia tem um tipo diferente de alma na bagagem. O tipo que ganha força no isolamento. Como diz a sábia autora do oráculo que trazia consigo: “o isolamento elimina a fraqueza com os golpes, erradica lamentações, proporciona insights penetrantes, aguça a intuição, assegura o poder incisivo de observação e de visão de perspectiva jamais alcançado pelas pessoas aceitas.” Destas revelações que as relações impostas de controle ficaram explicitas.

Humanas antes de exatas, selvagens antes de civilizadas, assim eram as dela. Depois de confirmada as atitudes predadoras, voltou a encontrar com as suas. Cirandas. E já cintilava o combate à necessidade de subjulgar, à imposição dos egos. Resistência com o canto das moças. Das moças do cerrado. Das indas e vindas de tantas insurgentes e heroínas da vida, que em sambas e filmes traziam consigo o grande milagre. A missa de domingo – ou dançar com Joana aos 15 e Carmem aos 30. Amanhecer na feira de rua. Ganhar frutas, rosas e o detalhe mágico da sétima vermelha. E vai no livro: “quando há canção os deuses e deusas estão sendo conjurados a instilar sua sabedoria e seu poder – forças estão atuando no plano espiritual, estão se ocupando de fazer almas…” É cangerê, canjira, caruru, curimbó, catimbó…

Chegada hora de preparar pra lançar o barravento, volta pra casa. Mas, forte. Robusta, resistente. Mazaropinha da vida… A frieza é o beijo da morte para criatividade. E o oráculo narrava ” tu podes saber muitas coisas, é possível saber das coisas, mas não se trata do mesmo que sentido, que ter sentido”.

Resistiu e sobreviveu. E na ginga ia zarpar da estação desprezo. Balançava pra resistir ao colonialismo. E usufruir do bom, do mel e do melhor, sem desprezo. E mais oráculo pra justificar a conquista da batalha. ” É pior ficar ali onde não nos sentimos bem , do que vaguear perdida por um período em busca da afinidade psíquica e profunda que precisamos – nunca é errado ir atras do que precisamos…” – precisava d’alma. E isso não se negocia. Alma é eternidade. Banho de força, deleite, lavou as contradições. Ribeirão de felicidade, deslizes de euforia e muitos risos entre as que resistem: brincantes ! E tome: ” na índia – um mortal toca o tambor para que as fadas dancem diante da deusa Indra – em troca desse serviço ele recebe uma fada em casamento – algum tipo de premiação é concedida ao homem que quiser entrar num relacionamento de cooperação com o reino da psique feminina , reino que lhe é misterioso…” Notícias de reinos distantes…

Era tempo de voltar ao próprio reino. De garantir as defesas, contra ataques.E deixando pra trás os desvios cambiais, a viagem valeu pra confirmar a sutileza do colonialismo moderno. Novos pleitos, peitos e ventre compunham o comitê gestor de selvagerias. De jeito maneira seria refém ou escrava do baile de máscaras. No porto, um enorme outdoor berra: moda evangélica. Saiu voada daquela perdição. Nessa altura o colonial já não rimava com os traquejos e desejos libertinos. O estado de transe… a rebelião refogando. O anular de todos os pactos levianos, usurpadores e injustos aos quais de bobice era signatária. No caminho do embarque lembra de quem ficou pra trás.

Como na ida ao Parque da Independência pra ver um show de boa cantora norte-americana. O parque, o tempo de celebrar a independência… muita gente se pisoteando, em filas intermináveis… na saída ali espremida na grade encontrou Alzira. Abraça Alzira, acolhe da multidão, atravessam o tumulto. Alzira considera um milagre uma desconhecida agir assim. Pede ajuda pra voltar pra casa. Cumplicidade de alma. Alzira repete e insiste: bonita, bonita, muito bonita.

Independência ou sorte, ou morte, ou estrela do norte. Enfim, recenseou abalada … nas intera da vida, inteira… !

Pousou. Persistente. Trazia consigo verdades. E colônia virou água de cheiro, planta de benzer, erva que defuma. Pra inspiração, pra respiração… tem mais: ” tanto pneuma como psique – são consideradas palavras para alma – se a mulher não consegue encontrar a cultura que a estimule, geralmente ela resolve criar ela mesma, essa cultura. Isso é bom, pois, se ela a criar, outras que vinham procurando há muito tempo chegarão misteriosamente um dia, proclamando com entusiasmo o fato de estarem procurando por ela o tempo todo”.

É preferível ser tola na percepção dos homens, a ser maldita perante as deusas… lido por ai…

… desaguando devaneios sobre a colonização das culturas coronárias. Fim da primavera 2010 – em profundo rebuliço com Clarissa Pinkolas Estés – que me fez correr com as lobas ..

January 8, 2011

Baderna !

Filed under: General,PERSONAGENS — mandinga @ 5:22 am

BADERNA – Bagunça, confusão, bando, corja. A palavra tem origem no nome da bailarina clássica italiana Marietta Baderna. Em 1849, ela emigrou para o Brasil, fugindo de lutas políticas na Itália. Quando começou a se apresentar em teatros do Rio fez um grande sucesso, por ser muito talentosa. Marietta não gostava de injustiças. Chegava a brigar com empresários teatrais para defender colegas seus que eram menos famosos. Sempre que podia, ia para o centro do Rio, onde dançava junto com os escravos a dança preferida deles, que era chamada de umbigada. Com essas atitudes, começou a ser perseguida pelos donos de teatros, que não renovavam seu contrato. Os jovens do Rio, apaixonados por ela, iam às peças e começavam a vaiar e bater os pés no chão para protestar contra as perseguições a Marietta. Chegavam a interromper os espetáculos no meio. Foi por essa razão que seu nome acabou virando sinônimo de bagunça, confusão.

January 5, 2011

PAC

Filed under: General,NA AVENIDA — mandinga @ 4:28 pm

Aos pactos que vamos tecendo… bem ou mal, crio aqui no cerrado. “Tomar posse” em Brasília, “tombar a cidade” de Brasília são expressões que costumamos ouvir. Fim de semana da posse da primeira mulher a chegar ao cume do poder executivo nacional. Isso demanda um oceano de subjetividade…. des/re – constrói um tanto nossos imaginários. Nao fui a praça dos 3 poderes, preferi a torre de televisão, matar a fome. A feira tava tomada de policiais. Minha fome física pedia que a primeira refeição da década fosse o bolo de fogo poderoso de oya. Um acarajé recheado com caruru, vatapá, camarão… enxarquei ! E com a chuva fininha me dei de sobremesa uma tigela de acai da barraca do pará (ui!) – tava ali fartando das comidas de tantas culturas, brasileiras e mundiais, rolezin bacana…

Sorrateirinha me dispus em frente a tv que transmitia a posse da Dilma, a despedidade de Lula. O dia histórico. Eu molhando sob a lona e cercada de olhos que fitavam o espetáculo da posse. Daqui a pouco começam as falas: “emocionante, neh ?” , “nossa ela é tão diferente pessoalmente, cabamos de ver ela lá no rolisroice”, “a televisão muda a gente…”, “nossa uma mulher que já foi estuprada chegou ao poder”… quantos elementos iam temperando o caldo vigoroso do açaí. Compartilhando o dia histórico com brasileiros e brasileiras. E como sempre faço em momentos de pensamentos demandantes… me transportei. comecei a pensar nas coisas que acompanhei com os movimentos sociais nos anos recentes… as várias manifestações do povo na esplanada – merece destaque a prisão de vários camponeses e crianças em 06.06.06 – (uma data cabalística, uma ação cabalística, um resultado cintilante da esquerda nacional) e dei um pulo aos espelhos, comecei a lembrar dos espelhos d`água, que recentemente os representantes do povo mandaram construir mais espelhos para evitar que o povo chegasse até o Congresso (comumente chamado de a casa do povo), entre muitas festas da democracia nacional.

morar em Brasília (como em qualquer grande centro urbano) é conviver com contradições, mas 30 anos depois ainda não consigo consenti-las… Comecei uma retrospectiva minha com a cidade, tarefa infinita, mas dessa vez me entreguei e tinha a sensação sensorial de cada lembrança do cheiro, do tato, do som, das cores…. Neste 2010 a cidade completou 50 anos, eu 30, meu filho 10. Lembrei de algumas coisas da infância, entre os eixos, entrequadra, na asa do rumo norte. Sempre amei brincar de comidinha, sina… E meu ingrediente favorito era a sementinha vermelha de pau-brasil…, a árvore que se esparramava ao alcance dos pilotis. E juntar os graozinhos, aquece-los nas maos, distribuir nas panelinhas (as imaginarias inclusive) e por que nao engolir aquelas bolinhas vermelhas, muitas vezes dadas como veneninhos, pequenos feitios …

Na mesma quadra, nessa mesma época tinha um amiguinho que adorava: o juruninha. O filho do juruna que nunca conseguiu conviver com as crianças da tribo que tinha vindo viver com o pai deputado nos meados dos anos 80. Lembro que ele tinha um jeito de brincar que de alguma forma despertava o pânico nas crianças. Ele conseguia lançar um vareto numa velocidade e com tal força que quebrava a pernas das outras crianças. Então, quando a criançada tava ali brincando nos piques e aparecia juruninha com seu graveto pra cumprimentar a meninada, todo mundo corria. era assim que ele costuma dizer oi aos colegas da nova tribo, tamanha sua fúria com o novo ambiente… mas comigo tínhamos um pacto de olhares, e era belo e bom e sempre brinquei com ele silenciosamente. De mato, de terra, de sementes. As vermelhas, as de pau, Brasil. Trago um encanto especial por essa fluidez selvagem que me trazia o juruninha… anos depois me chegou um texto fantástico dos vilas – boas sobre o primeiro contato com os juruna e a surpreendente maneira como se comunicavam por assobios… passei a assobiar, e imaginar diálogos com meu amigo que ja nem sei por onde se banha, mundo afora…

Pulo pros fins de semana dos anos 80, que bem sabemos muitas famílias iam até a praça dos 3 poderes passear… não era programa de turista, era programa nativo. E o Congresso era nosso espaço, nosso parque, nossa praça. Podíamos correr livremente por ali. E as árvores mais prazerosas de brincar eram as tigelas … delicia escalar a tigela de boca pra baixo. Um dia resolvi subir, devagarinha, subir e subir, ate que com uns 6 anos de idade subi ate o ponto máximo da tigela… e meus pais ficaram lá em baixao daquela altura desesperados pra que eu descesse. Eu sentia um profundo prazer de estar ali em cima ! mas veio um medo enorme dos meus pai em pânico .. o que me tirou aquele bálsamo da conquista… e comecei a descer, do único modo possível: escorregando. alivio.vento.

Volto pra barraca, pra Dilma na TV. E não largo da frase do compatriota ao lado “uma mulher que já foi estuprada chegou a poder”. Lembrei de um livro da minha vida, do Luiz Maklouf Carvalho, ” as mulheres que foram a luta armada”, lembro da dilma da tv digital que não ouviu os movimentos sociais na época sobre o padrão a ser adotado pelo Brasil, lembro da defesa das hidrelétricas em detrimento da preservação dos ecossistemas… e de uma vez, proseando com meu grande amigo e companheiro na península dos ministros ela aparecer do nada e nos cumprimentar as 6 matina, confesso que estávamos num estado bohemio suprapartidário hehehe… e rimos muito da situação. Dessa vez a TV nao reproduzia a coroação da miss… a faixa era de presidente.Inegável, a sensação de data histórica, ainda que o patriarcado dite as regras do jogo e o espetáculo se reproduza aos olhos velozmente.

No dia anterior dava viva as ANTIHEROINAS que me rodeiam. Tava numa roda de prosa deliciosa com as amigas, cafezando pra embarcar uma delas pra salvador, a cidade semente. O mais engraçado é a sabedoria feminina expandindo desses encontros… uma logo comenta: “Brasília é um coito interrompido” ! Dai só complementos: “um baile de máscaras”, ” os caras não dão conta das nossas fomes”, “com os anos ficamos muito seletivas com quem tomamos café da manhã”, depois horas de prosa com roupa na casa de uma amiga, jornalista, militante, rimos daquele jeito selvagem, mas rimos muito mesmo da nossa sexualidade cotidiana. E no dia seguinte casa da minha amiga mais sol na atualidade. A que fareja, a que corre com as lobas (e ela nem sabe que tem esse poder) … mas, ali no primeiro almoço de domingo da nova década ela veio me trazer uma aula de como ser a mãe-hacker mais linda do planeta . Nova década, adoro o instinto maternal aguçado. Amo as que se dedicam com amor a criar e hackear. Ela tem cuidado, carinho e liberdade nas horas dali. bonito de presenciar. Rizoma.

Dilma no palácio e nós aqui na rua !

ps.: … e toda vez que passo ali na 302 norte onde estudei no jardim de infância juro que ainda vejo o Ulisses Guimarães fazendo cooper pelas calçadas temo e acho graça entre a latunia da criançada e o cheiro da escolinha de manhãzinha… !

2 – Revendo 2010: me apaixonei de verdade. Platonicamente. Inclusive pela tequila. Sai no galinho e foi o melhor carnaval. Depois de 7 anos consegui a Pensão Alimentícia do meu filho. Participei da edição histórica do Jornal Radcal.Sustentei a casa de cultura que trabalho – quase falimos por falcatrua do GDF. Consegui um sócio certeiro. Organizei vários festivais de skate e futebol da molecada amiga do meu filho. Amei mais ainda ser mãe. Fundei (mais um monte de mina massa) a rede mulheres da cultura. Vi minha militância pelos direitos reprodutivos ir pelo ralo durante as eleições. Ganhei a dani, alice, lara, camila, a pati, lana, vânia e yaso como irmãs. Sobrevivi e consegui salvar uma tia de um hospital psiquiátrico.Acompanhei minha vó desfalecendo lentamente. Me tornei terapeuta reikiana. Voltei a estudar economia e exatas e to amando. Vi uma tempestade de areia, senti um terremoto. Aprendi a dizer não. Escolhi a solidão, enfrentei e deleitei. Voltei a cantar com a Ellen Oléria. Retomei a dança do ventre com a Padma. Fui muito amada pelas minhas amizades. Vi mais uma Copa. Ativei muitos sonhos próprios e alheios e gosto muito disso. Participei de várias cerimônia lindas, no terreiro matriarcal que construo-vivo. Entrei pra associação de mulheres empreendedoras. Construi uma nova loja linda pra alimentar e divertir mais centenas de pessoas. Aumentei minha equipe de colaboradores e somos um time feliz. Comecei o pompoar, a usar o copomenstrual, a fumar artemísia. Chegou a sacerdotisa, me empoderei dos meus dons espirituais, li muitos livros fantásticos. Revi meus valores, aumentei o autoamor, direcionei anseios. Ganhei um toca-vinil e muitos presentes impressionantes. Distribui conforto, colo, dicas, saberes, amor, idéias, presentes. Reativei e abri blogs, perdoei e botei pra descansar vários desafetos e predadores. Acendi fogueiras, banhei de mar, de chuva, de cachoeira, de lua.Cozinhei, costurei, fiz doces. Comecei um projeto de VJ e vídeos livres – o ve se te enxerga, alimentei o Teatro Oficina e a Elza Soares, descobri que amo o BNegão e o Buguinha Dub, Redescobri significados – especialmente o de resistência (fortalecer, tornar robusto, endurecer).E o melhor: pari a selvagem !

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